Dígrafo consonantal e dígrafo vocálico


Dígrafo vocálico
é a combinação de duas letras que representam um único som vocálico (ou seja, um único fonema vocálico) na palavra.

Exemplos mais comuns de dígrafos vocálicos em português:

am, em – quando aparecem no final das sílabas, representando sons nasais:

campo, tambor, tempo, sempre

an, en, in, on, um – também com som nasal:

canto, lento, pintor, conto, número


Nem toda junção de vogais é um dígrafo. 

Por exemplo, em caixa, o “ai” são duas vogais com dois sons diferentes (um ditongo), não um dígrafo.


Dígrafos representam apenas um som, mesmo tendo duas letras.

canto (ã), lento (ẽ), pintor (ĩ), conto (õ), número (ũ).


Transcrição Fonológica /ˈtɐ̃pɐ/

Representa os sons mentais (os fonemas) da palavra, ou seja, o que um falante nativo reconhece como os sons essenciais.


/t/ – consoante oclusiva alveolar surda

/ɐ̃/ – vogal central baixa nasal (representa o "am" nasal)

/p/ – consoante oclusiva bilabial surda

/ɐ/ – vogal central baixa (a final)


2. Transcrição Fonética [ˈtɐ̃mpɐ]

Representa os sons reais (os alofones), incluindo detalhes da pronúncia mais precisa.

Note que a letra m nasaliza a vogal anterior, mas ainda é percebida na fala como um leve som consonantal /m/ antes do /p/.

Por isso, na fonética aparece [m], enquanto na fonologia ele está fundido na nasalização da vogal.